Jesus, se tratas assim teus melhores amigos, não me admira que tenhas tão poucos.

E tu, queres mesmo ser amigo de Jesus?”

Ser amigo de Jesus é um privilégio indescritível, mas segui-lo não é fácil.

Diferente dos amigos terrenos, Jesus busca uma amizade completa, ele nos quer por inteiro.

Um exemplo poderoso está em Gênesis 3:9-21, quando o Senhor Deus chama por Adão e pergunta: “Onde estás?”

Deus conhecia o jardim — afinal, foi Ele quem colocou tudo em seu devido lugar. Ele também conhecia Adão perfeitamente, nada escapava dos Seus olhos.

Então, por que perguntou?

É difícil imaginar a dor do coração de Deus ao ver aquele que Ele formou com suas próprias mãos o desobedecer. Ainda assim, Ele chamou por Adão.

Ao ler este trecho, percebo que Deus queria ouvir de Adão. Muitos de nós, naquela situação, talvez chegássemos impetuosamente, sem ouvir explicações. Mas Deus não. Mesmo com sua justiça perfeita e firme, Ele escolheu ouvir. Deus deu a Adão a oportunidade de ser vulnerável diante dele.

Outro ponto que me chama atenção no Antigo Testamento é a ênfase nos sacrifícios, especialmente em Levítico 1:13:

“Oferta preparada no fogo, de aroma agradável ao Senhor.”

As escrituras destacam que as vísceras do animal — os órgãos internos — deveriam ser expostas, lavadas e queimadas no altar.

O Senhor deseja a exposição do nosso íntimo, aquilo que ninguém vê ou quer mostrar. Ele quer a entrega total, incluindo nossos segredos, traumas e feridas.

É por isso que Jesus é um amigo único: nada pode ser oculto dele. Para que nossas vidas sejam como um aroma agradável ao Senhor, precisamos nos despir de toda resistência e confiar nele.

Uma mensagem de cura

Quando nos expomos diante de Jesus, não apenas silenciamos os traumas que ecoam em nossa mente, mas também calamos as acusações de Satanás, que insiste em nos lembrar das nossas feridas de forma opressora. Ao confessar e colocar essas “vísceras” para serem queimadas no altar, um aroma de cura emana de nós.

A cura é um processo, assim como o fogo consome devagar. Em cada fase, conhecemos mais de Jesus — paciente, misericordioso, e o amor encarnado que tomou sobre si nossas enfermidades:

“Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças…”

Uma mensagem de libertação

Jesus veio para libertar os cativos — cativos de nós mesmos, do pecado, de segredos que nos sufocam e traumas que nos aprisionam. Ele foi preso para nos libertar e morreu para nos dar vida.

Quando Jesus curou o paralítico, não apenas restaurou sua saúde, mas o libertou da maca.

“Eu lhe digo: Levante-se, pegue a sua maca e vá para casa. Imediatamente ele se levantou na frente deles, pegou a maca em que estivera deitado e foi para casa louvando a Deus.” (Lucas 5: 24)

Por que Jesus ordenaria que levasse a maca?

Porque não ordenou que ele a deixasse, a abandonasse?

Porque a cura não apaga nossas cicatrizes. Elas nos lembram do que fomos, mas sem a dor. A libertação permite caminhar mesmo carregando as marcas da jornada.

Nestes quatro anos aprendendo com a Igreja do Senhor, pastores e irmãos, compreendi que melhor que a promessa é o processo.

É no deserto que vemos o maná, a nuvem e o fogo. Lá, somos lapidados e moldados pelo senhorio de Jesus. Conhecemos a Cristo profundamente quando nos rasgamos diante dele.

Ser amigo de Jesus é difícil, mas ser amigo de Jesus é inigualável. Reconhecer a ele como Amigo e Senhor das nossas vidas e inexplicável.

Neste tempo em que tudo parece piorar, devemos nos agarrar em: conhecer mais da presença, ser igreja e procurar a Cristo todos os dias.

Busque ajuda, cura e libertação. Livre-se das amarras do inferno e voe alto. No final, estaremos com Ele, e nossas cicatrizes ecoarão com uma só voz: “O Senhor é bom e poderoso!”

“Jesus, se tratas assim teus melhores amigos, não me admira que tenhas

tão poucos. E tu, queres mesmo ser amigo de Jesus?”

Com tudo, EU QUERO SER TEU AMIGO, JESUS.

Por Mariana Espíndola.

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