Esta é a última parte do estudo sobre oração e intercessão também disponível em nosso canal no youtube na série “Oração & Intercessão”.
1. Jesus, o grande intercessor
Em hebraico, a palavra traduzida para o português como intercessão é “paga”, que significa “encontrar” ou “promover encontros”. De uma maneira prática, temos de um lado a plena revelação da obra de Jesus na cruz (o evangelho e o que ele nos possibilita) e do outro lado, temos um alvo – alguém que precisa conhecer essa verdade. A intercessão é a junção desses dois lados e a construção de um caminho para que, através do poder obtido na cruz, o alvo escolhido (pessoa, povo, família, nação) possa ser transformado – .
Vamos agora, observar os seguintes trechos bíblicos:
Romanos 8.34 – Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós.
Hebreu 7.25 – Portanto, Ele é capaz de salvar definitivamente aquele que, por meio dele, aproximam-se de Deus, pois vive sempre para interceder por eles.
Ser um intercessor faz parte da natureza fundamental de Jesus. É um de seus ministérios. Na verdade, podemos dizer que esse foi o principal ministério de Jesus em sua vinda.
Quando Ele se faz carne e habita entre os homens, Ele se coloca em um espaço de ruptura, abismo, ou até mesmo brecha (causado pelo próprio homem) entre o homem e Deus. Ele exerce uma mediação em favor de nós.
Na mesma proporção em que habitamos Nele é que Ele nos usará para interceder. É por essa razão que a igreja foi chamada a ser “casa de oração de todos os povos.” .
Em João 17, minutos antes de Jesus ser preso, Ele teve seu último momento a sós com o Pai que nos ensina, a diferença entre uma oração e uma intercessão. Primeiro, Ele se dirige ao Pai, orando por si mesmo e pedindo para ser glorificado junto ao Pai. É uma oração sem uma terceira pessoa.
Em seguida, Ele pede pela proteção de seus discípulos e pela unidade de todos os crentes, dessa vez rogando. No versículo 19, Jesus se coloca na brecha. “Em favor deles…”. (Eu consigo imaginar essa cena de Jesus chorando com extrema compaixão).
Intercessão é colocar-se em uma posição de brecha no lugar do outro. Sendo esse o espaço o qual você pede, clama e chora pela misericórdia de Deus sobre alguém, sobre alguma causa ou sobre uma nação. Você entra em um estágio de identificação.
Quando você tem uma atribuição de oração pode parecer como se você estivesse envolvido pessoalmente na situação. Você deve ter uma sensação de identificação no espírito por aquilo que você está orando. Você deve sentir o que eles estão sentindo ou o sentimento do coração de Deus para com eles, tal como uma compaixão, um pesar, ou misericórdia. Você também precisa aprender a não personalizar ou segurar e controlar a emoção que a identificação pode trazer algumas vezes. Existe uma linha tênue a qual que devemos ter discernimento para separar aquilo que é do homem (emoção) e aquilo que é do Espírito.
2. Intercessão Profética
A intercessão profética carrega dons proféticos. A adoração e a contemplação da face de Deus andam juntas com a intercessão profética. Ela é uma oração que vem da parte de Deus, seja através de uma visão, sonho ou da própria palavra escrita. Ela não está baseada em emoções ou razões humanas, mas é uma direção específica do coração de Deus. Shabbat é um bom exemplo disso, onde profetas buscam conhecer a vontade de Deus sobre determinada situação até que Ele revele. Muita das vezes, há um peso ainda maior.
Todo intercessor ora, ama e acredita na sua nação.
Vou compartilhar aqui um testemunho pessoal: “Brasil – Deuteronômio 28: a benção sobre uma nação diante de sua obediência a Deus”.
Durante um momento de adoração, Deus me levou a Deuteronômio 28.1-14, como sendo versículos sobre o Brasil e que deveriam ser declarados em alta voz. Trata-se de uma promessa de benção sobre uma nação, perante sua obediência a Deus. Existem, principalmente, uns versículos chaves nesse texto, e que são palavras já prometidas pelo Senhor, tempos atrás. Trata-se do futuro da nação brasileira.
Versículo 10 – “Todos os povos da terra verão que você pertence ao Senhor” ou “Todos os povos da terra verão que é invocado o nome do Senhor sobre ti” ou “Todos os povos da terra verão que és chamado pelo nome do Senhor e terão temor de ti”
“Muitos refugiados virão para este lugar e não só refugiados naturais, políticos, mas refugiados que ouvem falar do que está acontecendo nessa nação. Cristãos de toda terra vão brilhar os olhos para vir aqui”.
Versículo 12 – “O Senhor abrirá do céu, o depósito do seu tesouro, para enviar chuva a sua terra no devido tempo” – avivamento.
Versículo 12 – “Vocês emprestarão a muitas nações” – promessa de celeiro de missionários – v.8 (bênçãos sobre os seus celeiros)
“Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, a fúria dos furacões que sairão dessa nação para abençoar toda terra”
Versículo 13 – O Senhor fará de vocês a cabeça das nações e não a cauda.
Sobre liderança de envio de missionários/evangelistas e no despertar de uma grande onda.
“Seja você aquele que se perdeu na nação. Não há mais patriotismo, seja você um patriota”.
Na verdade, muito mais do que orar e interceder pela sua nação, ame e acredite na sua nação. Acredite que o Brasil, sim, a nação brasileira, é a esperança das nações. A promessa não mudou. Vejam com olhos de esperança o que Deus está fazendo e fará através de nós, a nação chamada “igreja brasileira”.
A igreja deve profetizar “ordem e progresso” sobre a nação, exatamente como está em nossa bandeira. O fato dessas duas palavras estarem lá são para serem usadas em nosso favor, principalmente hoje. Existe uma importância delas estarem na bandeira nacional e o que podemos fazer com elas. Ordem e Progresso nunca foram tão necessários quanto hoje, em um tempo de caos e retrocesso. São palavras que mais do que nunca precisam ganhar vida sobre o Brasil pelo poder da palavra substancializada.
3. A intercessão e o campo de batalha espiritual
A intercessão é uma arma de guerra. Mas intercessão não é batalha espiritual. Porém, uma oração e intercessão podem travar uma batalha espiritual (segundo céu), que é o que chamamos de oração (ou intercessão) de guerra.
Anjos: os céus esperam e aguardam a minha oração. Os anjos estão aguardando as minhas ordens para atacar e iniciar ou continuar um combate.
Na batalha final de As Crônicas de Nárnia há uma cena, a qual Pedro, o líder do exército, toma e ergue sua espada dando um sinal de preparo para o início do ataque. A trombeta é tocada. Novamente, ergue sua espada e ordena que as águias avancem, dando um brado de guerra para o seu exército iniciar o ataque. E então eles disparam em direção ao exército inimigo que vem contra eles.
Da mesma forma, os anjos estão posicionados, em uma linha de largada, prontos para eu tomar a espada e convocá-los a batalha. “Avancem! Avancem!” conforme Hebreus 1.14: “Os anjos são espíritos ministradores enviados para servir aqueles que hão de herdar a salvação”.
Exército: Joel 2.1-11 – O exército do Senhor dos últimos dias. Aqui é importante destacar os seguintes elementos: trombeta; santo monte; a força, a determinação, ousadia, ordem; ladrões – roubando almas do inferno
Armadura: Efésios 6.10 – revestido da “Armadura de Deus” e tomado a posição de combate, antes de iniciar uma batalha, peça ao Senhor que afie sua espada e aumente seu escudo. A espada, a palavra de Deus é necessária estar afiada (portanto devemos conhecê-la). Ela é a principal arma de ataque contra as acusações e armadilhas de Satanás.
NOTA IMPORTANTE: Quando intercedemos, vestimos da armadura de um guerreiro e, muitas vezes, esquecemos a posição de “filhos de Deus”, a qual nos foi dada a autoridade suficiente para travar batalhas espirituais e destronar fortalezas de Satanás. Em hipótese alguma, devemos substituir nossas vestimentas de filhos de Deus. Antes de sermos intercessores, somos filhos (Faz minha igreja orar, Ezenete Rodrigues e Henrique Krigner) e devemos reconhecer a autoridade que foi delegada pelo Pai aos seus filhos.
4. A importância do falar em línguas na oração/intercessão
A intercessão em línguas é uma forma de intercessão profética.
Em 1 Coríntios 14.1-4 Paulo faz uma relação entre o dom de profecia e o dom de línguas, alertando à edificação de si mesmo e da igreja. Porém, em Romanos ele aponta a importância da oração do Espírito.
O nosso Espírito intercede por nós. O Espírito Santo – o mesmo Espírito de Jesus – é o nosso intercessor aqui na Terra, enquanto Jesus é o nosso intercessor no céu.
Romanos 8.26-27 diz: “Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações conhece a intenção do Espírito, porque o Espírito intercede pelos santos de acordo com a vontade de Deus”.
Em outra versão: “Assim também o Espírito de Deus vem nos ajudar na nossa fraqueza, pois não sabemos como devemos orar, mas o Espírito de Deus, com gemidos que não podem ser explicados por palavras, pede a Deus em nosso favor. E Deus, que vê o que está dentro do coração sabe qual o pensamento do Espírito. Por que o Espírito pede em favor do povo de Deus e pede de acordo com a vontade de Deus“.
Ou seja, o espírito sabe exatamente pelo que interceder. O Espírito Santo ora por coisas que nós nem pensamos em orar ou até mesmo não queremos ou não achamos necessário. Por coisas que não sabemos, coisas ocultas.
1 Cor 14:2 – “Quem fala em línguas estranhas fala a Deus e não as pessoas , pois ninguém entende. Pelo poder do Espírito Santo Ele diz verdades secretas (ou mistérios)”.
Deus sabe como usar o nosso espírito para orar e interceder por coisas que Ele quer.
Quando oramos em línguas estamos preparando, construindo a casa para o Senhor habitar. Nós preparamos o lugar e o ambiente. Seja para adoração, oração e intercessão.
O Espírito Santo conecta a intercessão em línguas com pessoas que estão intercedendo na mesma hora que você.
A intercessão em línguas vai de encontro com alguma situação que pode estar acontecendo no mundo.
André Braglia – Batedor
Nação dos Montes – Unidos pelo mesmo amor, Jesus