O livro de Daniel possui algumas chaves que podem nos preparar para o futuro do nosso país.
1. ESPÍRITO DE EXCELÊNCIA
Daniel, um dos exilados do Reino de Judá, foi uma profeta que influenciou o mundo em seu tempo juntamente com seus amigos: Sadraque, Mesaque e Abednego.
Logo no primeiro capítulo é apresentado o pano de fundo e os personagens da história. Esta não é uma fábula para ensinar lição de moral, mas sim, é uma história real. Coloque-se no lugar de Daniel:
- Seus pais foram mortos.
- Sua nação foi destruída.
- O templo do seu Deus foi incendiado.
- O rei que destruiu a sua vida, hoje é seu chefe.
- Você está aqui. Você sobreviveu.
Daniel tinha toda a razão de sentir-se amargurado. Ele tinha todos os motivos de planejar e se consolar com a morte de Nabucodonosor. Porque, de certa forma, Nabucodonosor agiu como Hitler (dizimando o povo judeu).
Daniel e seus amigos, porém, agem em um espírito diferente. Eles decidem se apegar às palavras de Jeremias e buscar a Deus de todo o coração. Não havia mais instrumentos – arca da aliança, trombetas, candelabro… Só havia o Senhor e a Sua Sabedoria.
Em tempos de guerra, como diz na palavra, mesmo preparando os cavalos e as armas, a vitória sempre vem do Senhor (Pv. 21:31). Daniel por entender isso, decide não se contaminar. Então, o Senhor derrama o Espírito de Sabedoria:
“Sabedoria e inteligência para conhecerem todos os aspectos da cultura e da ciência. E Daniel, além disso, sabia interpretar todo tipo de visões e sonhos.” (Daniel 1:17 NVI).
Conhecer a cultura e ciência é entender os padrões de influência na sociedade: artes, entretenimento, política, etc. Cultura é uma das bases da uma sociedade. Conhecer a cultura é conhecer a identidade de um povo – a identidade cultural. Isto permite comunicação e transculturação. Ou seja, ao invés de ser influenciado, você se torna a influência. E isto não se dá por imposição legalista, mas por tradução de valores. Tradução se transforma na forma, mas não na essência.
Muito têm se falado sobre: espírito de excelência, influência, arte e avivamento de reforma. No entanto, estas revelações não impedirão o Armagedom e o Anticristo de reinar. Estas revelações servem para um tempo como este – um tempo como o de Daniel. A Igreja Zion Church, têm pregado muito sobre essa temática nos últimos anos: uma juventude com o caráter irrepreensível e um espírito excelente que não vive para a vaidade pessoal, mas para o tempo de tribulação que se aproxima.
2. A PROMOÇÃO DE DANIEL – AUTORIDADE
No segundo capítulo do livro, Daniel e seus amigos enfrentam um grande impasse: Nabucodonosor manda matar todos os sábios e feiticeiros que havia em babilônia. Arioque, o comandante da guarda, aparece na porta de Daniel com ordem para matar (Dan. 2:13-14). Daniel, debaixo de um Espírito de Sabedoria, se achega a Arioque e o convence a falar com o rei. Daniel ora e traz a interpretação do sonho e livra todos os sábios de um grande genocídio. Daniel é promovido.
Este é um tempo onde homens como Daniel serão promovidos a lugares estratégicos para ser boca de Deus. São homens como José no Egito e Daniel na babilônia, profetas que, com a Sabedoria de Deus, trarão livramento no tempo oportuno e serão usados para influenciar as bases da cultura de uma sociedade.
“Faraó governa o Egito, mas quem tinha autoridade era José (…). Nabucodonosor era o rei da babilônia, mas quem tinha autoridade era Daniel” (Luiz Hermínio, 2019).
3. FORNALHA
Nabucodonosor, provavelmente inspirado pelo seu sonho da estátua, manda construir uma imagem e exige que esta seja adorada. A exigência do rei é que: após o som de trombeta, harpa, flautas e todo o tipo de música, o povo deveria adorar a imagem (manipulação de mente através da arte).
“O rei Nabucodonosor fez uma imagem de ouro de vinte e sete metros de altura e dois metros e setenta centímetros de largura, e a ergueu na planície de Dura, na província da Babilônia” (Daniel 3:1).
“Então o arauto proclamou em alta voz: “Esta é a ordem que lhes é dada, ó homens de todas nações, povos e línguas: Quando ouvirem o som da trombeta, do pífaro, da cítara, da harpa, do saltério, da flauta dupla e de toda espécie de música, prostem- se em terra e adorem a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor ergueu. Quem não se prostrar em terra e não adorá-la será imediatamente atirado numa fornalha em chamas”” (Daniel 3:4-6).
Esta cena assemelha-se à visão do apocalipse de João: a imagem criada pela besta.
“Por causa dos sinais que lhe foi permitido realizar em nome da primeira besta, ela enganou os habitantes da terra. Ordenou-lhes que fizessem uma imagem em honra da besta que fora ferida pela espada e contudo revivera. Foi-lhe dado poder para dar fôlego à imagem da primeira besta, de modo que ela podia falar e fazer que fossem mortos todos os que se recusassem a adorar a imagem” (Apocalipse 13:14-15).
Seguindo a revelação do pastor Israel Braglia (2020), os três amigos de Daniel: Sadraque, Mesaque e Abednego se recusam a adorar a besta e são lançados no fogo. O fogo é aceso 7 vezes mais, e, os 3 amigos tornam-se 4. O anjo do Senhor se junta a eles e os livra no meio da fornalha.
Em apocalipse cap. 4, João tem a visão da Glória de Deus: os 4 seres e os 7 Espíritos (tochas) diante do trono.
3 – Pai, Filho e Espírito.
4 – 4 seres
7 – 7 Espíritos (tochas) de Deus.
O lugar de fornalha (campo de concentração) torna-se um ambiente de Glória.
Avivamento.
4. O REI ÍMPIO
Em Daniel 4, Nabucodonosor, por causa de sua grande arrogância, passa por um tempo de juízo e é retirado da terra dos viventes. Tornando-se um licantropo. Seus cabelos e unhas crescem como de águias. Um novo rei surge – um rei ímpio.
Belsazar é levantado ao trono, mas não age diferente de seu antecessor. Com as taças do templo do Senhor, festeja e adora os deuses da prata e ouro. É um grande carnaval.
Uma mão surge na parte mais iluminada da parede e escreve palavras em aramaico, com o qual, Daniel interpreta como:
“Deus contou os dias do teu reinado e determinou o seu fim. Foste pesado na balança e achado em falta. Teu reino foi dividido e entregue aos medos e persas” (Daniel 5:26-28).
Na mesma noite, Belsazar morre e Dário conquista babilônia.
Entendo que significa um tempo de juízo sobre os ímpios que, continuamente, têm se levantado contra Deus, vivendo abertamente em pecado.
5. DÁRIO
Diferente do rei anterior, Dário simpatiza muito com Daniel e pondera colocá-lo à frente de todo o Império Medo-Persa. Daniel era um dos 3 supervisores dos sátrapas que governavam as províncias do Império Persa. Por causa da excelência de Daniel, os supervisores e os sátrapas se levantam contra ele e manipulam o rei Dário planejando a execução de Daniel. Um decreto é outorgado: proibida a oração a qualquer Deus durante 30 dias.
Daniel, que ora a Deus três vezes ao dia, é encontrado orando e é condenado. Sua cova é selada e Daniel dorme uma noite com leões. Dário não se entretém e busca a esperança da salvação de Daniel logo ao amanhecer. Daniel prevalece. Ele é tido por inocente aos olhos de Deus e tem sua vida poupada. Os demais sátrapas são julgados e condenados à mesma condenação de Daniel. Todos os sátrapas morrem.
Entendo que, para os nossos dias, Daniel simboliza uma igreja que ora. Dário simboliza o governo que simpatiza com a igreja – o presidente Bolsonaro. Apesar da sua simpatia, o rei foi ludibriado pelo seu próprio governo contra Daniel. Creio que, mesmo que o Bolsonaro se declare cristão e defenda os ideais do evangelho, muitos governantes já estão tramando ludibriar o presidente (e seus aliados) contra a igreja evangélica.
Apesar disso, aqueles que tiverem um espírito de oração: prevalecerão e os ímpios serão julgados. Entendo que se aproxima sobre nós uma perseguição contra a igreja na nação e será antes do Anticristo tomar o governo mundial.
CONCLUSÃO – DANIEL E JOSÉ
“De tudo o que foi dito, a conclusão é esta: tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos porque foi para isso que fomos criados. Nós teremos de prestar contas a Deus de tudo o que fizermos e até daquilo que fizermos em segredo, seja o bem ou o mal” (Ecl. 12:13-14).
Em suma, entendo que as direções de Deus nos últimos anos sobre um Espírito de excelência serão para este tempo – tempo de tribulação. Em pouco tempo, Deus levantará profetas com Sabedoria para serem posicionados em lugares de governo e influência. Isto servirá para o tempo de tribulação.
Vejo que a perseguição no Brasil se iniciará como que por meio de um complô ainda no governo do Bolsonaro. Muitos tem se apoiado nisto: num governo conservador, – muitos de nós (Brasil) abaixamos as espadas.
Em meio ao avivamento, Deus trará julgamento sobre os ímpios. Se a igreja se posicionar em oração, em espírito e em verdade, Deus trará livramento no meio do fogo.
Daniel e José possuíam o mesmo espírito – excelência, Sabedoria.
Os tempos que se aproximam assemelham-se ao sonho do Faraó interpretado por José: tempos de fartura e tempos de escassez. Porém, diferentemente do sonho bíblico, estes dois tempos virão sobre nós ao mesmo tempo.
Espiritualmente, a igreja colherá de um grande avivamento, mas no mundo natural, veremos fome e perseguição. A nossa posição de autoridade definirá nosso sustento. Quem proveu a comida para o Egito e as nações durante a seca foi José – um homem de autoridade.
José simboliza a igreja, mas não todos dela. José simboliza os homens e mulheres que serão levantados com autoridade nos dias de tribulação. Estas pessoas serão, tanto as que já exercem uma posição de autoridade (pastores, apóstolos), como pessoas completamente desconhecidas – sem face e sem títulos. A maioria destas pessoas sem título serão as mulheres, crianças e profetas novos. Eles serão mantenedores, supridores.
Estar nEle nos faz florescer e frutificar. Ele é a videira verdadeira. Estar nEle gera autoridade (o cajado floresce quando permanecemos na videira). O temor, a maturidade e a Sabedoria serão essenciais para andarmos em autoridade nos dias vindouros.
O povo do Egito e das nações simboliza o mundo e o resto da igreja (Jacó e os 12 filhos) que serão sustentados. Nossa posição diante de Deus definirá quem somos: José ou o povo.
Para se andar em autoridade é necessário conhecer Sabedoria.
Para conhecer Sabedoria é necessário Temor.
Levi Santos – diácono na Igreja de Blumenau.
Nação dos Montes