O fardo profético

Neste estudo abordaremos como alguém pode ser guiado erroneamente ao pensar ter um fardo profético quando é apenas a própria preocupação, ou um fardo que outra pessoa colocou sobre nós.

Parte 01
Muitos têm dificuldade em entender e alguns ficam até ofendidos com o princípio de que as profecias raramente devem ser como “uma ciência exata”. Não é uma ciência e não pode ser aprendida com certos princípios. É toda uma questão de relacionamento. Há princípios que aprendemos com a experiência, mas há exceções que devem nos manter tanto abertos como humildes.

Ocasionalmente, uma palavra profética é absolutamente clara, específica e precisa, mas isso é raro. Isso é verdade mesmo para profecias bíblicas. O Senhor poderia ter sido muito mais claro e específico com quase todas as profecias nas Escrituras. Poderia ter falado em detalhe sobre Hitler ou outros, e nos dado uma linha do tempo dos eventos, mas não o fez – para o nosso bem.

Como somos avisados em I Coríntios 13.9, “vemos em parte, conhecemos em parte, e profetizamos em parte”, o que quer dizer que ninguém tem a visão total. Mesmo que o que tenhamos seja muito específico e claro, não é a visão total. É por isso que quando o Senhor fala de revelar as coisas a Seus profetas, a palavra é sempre no plural, não singular. Ele compôs Seu corpo para que precisemos um do outro, e portanto também amemos um ao outro. Ele também compôs este ministério para que exija humildade e abertura a outros. Os que perdem isso inevitavelmente sairão do caminho.

Voltemos agora ao fardo do Senhor. Se vamos ser confiados com isso, devemos aprender a distinguir nossos próprios sentimentos e aquilo que é dado pelo Espírito Santo. Um dos grandes exemplos de como o que mais pesa em nosso coração pode não aquilo para o qual Deus nos chamou é o Apóstolo Paulo. Ele amava a seu povo, os Judeus, tanto que disse que cederia a sua própria salvação se isso os levasse ao Senhor. Porém, mesmo com tão grande amor por seu povo, Deus não chamou Paulo para os Judeus, mas aos Judeus. Talvez Ele fez isso porque sabia que a afeição de Paulo para com o seu povo poderia deixar seu juízo e mensagens mais nebulosos.

Pense em como o Senhor enviou Paulo aos gentios e Pedro aos Judeus. Não parece que o Senhor fez isso de trás para frente? Não seria Paulo, que foi discípulo de um dos mestres mais estimados de Israel, e um “Fariseu de Fariseus”, muito mais respeitado e aceito pelos Judeus? Pedro, um simples pescador, era uma ofensa aos Judeus, a quem foi chamado, e, da mesma forma, Paulo era uma ofensa aos gentios, para os quais foi chamado. O que isso fez foi lançar ambos apóstolos mencionados em total dependência do Espírito Santo para cumprir com seus propósitos.

Parece inevitável que um homem de negócios sinta um chamado para o ambiente de negócios, ou alguém que venha da cultura de drogas sinta um chamado para aqueles com quem se sinta tão familiar. Muitas vezes as pessoas sentem que seu chamado é seu próprio grupo racial, mas raramente vi isso se cumprindo como algo do Senhor. O Senhor pode usar isso, e fruto pode vir disso, mas normalmente este fardo que sentimos está mais enraizado em um jugo chamado “a tirania do familiar” do que o fardo do Senhor. Logicamente que existem exceções, mas se deixássemos o Senhor nos levar a lugares onde fiquemos em total dependência dEle, o experimentaríamos muito mais do que experimentamos agora.

Algumas vezes nosso amor e afeição natural pode ofuscar tanto nossa percepção que também pode distorcer o que pensamos ser a palavra do Senhor ou fardo do Senhor. Por esta causa, não confio em revelação profética sobre pessoas com quem tenho elos naturais fortes sem realmente colocar esta revelação à prova. Nem confio em revelação negativa que possa receber de quem de alguma forma me ofendeu ou machucou.

Novamente, o profético não é para ser uma ciência exata e portanto estes são princípios e não leis. Quanto a leis, não existe exceção, mas quanto a princípios, sempre há exceções. Porém, precisamos aprender a distinguir o que está vindo de nossas próprias afeições e o que está vindo do Espírito Santo. A única forma que jamais vi pela qual podemos fazer isso é por meio da experiência e maturidade. É uma questão de relacionamento, não ciência.

Se você é uma pessoa pensante, isso provavelmente te levou a muitas outras perguntas. Isso é bom. Há respostas para quem se importa o suficiente para persegui-las. O Senhor não esconde as coisas de nós, Ele esconde para nós. Quem se importa com Ele e com Seus propósitos não será detido por perguntas ou erros.

Quanto mais maduros e experientes nos tornamos, mais rapidamente e precisamente conseguiremos discernir entre o que é nosso próprio fardo e o que é o fardo do Senhor. Se queremos ser confiados com revelações importantes, devemos ter a integridade e maturidade de estar dispostos a questionar o que estamos sentindo. Uma das maiores armadilhas e formas de orgulho é começarmos a pensar que o que pensamos ou sintamos com respeito a algo reflita necessariamente o coração de Deus. Na melhor hipótese, estamos vendo em parte. Se pudermos abraçar isso com humildade, podemos ser confiados com muito mais.

Parte 02: A Comissão Profética

Muitos dos erros que desvalorizaram a moeda espiritual do ministério profético vieram da falha em distinguir entre o chamado e o comissionamento. Como vemos no Livro de Atos, Paulo foi chamado de apóstolo muitos anos antes que fosse comissionado para este ministério. As estimativas de quanto tempo levou entre o chamado de Paulo e seu comissionamento estão entre oito e quatorze anos. Está claro em Atos e partindo de suas cartas de que esse tempo foi gasto em preparo, e que, durante esse tempo, ele ministrava como profeta, ou mestre, ou ambos.

Se você se pergunta se já foi comissionado, então não foi. Quando realmente acontece, será claro, e você saberá que veio de Deus e não apenas de homens. Até então, estamos em treinamento, e quanto mais significativo for nosso chamado, mais intenso e, normalmente, mais demorado e difícil será o treinamento.

Cada profeta nas Escrituras era único. Existem fatores comuns, mas o Senhor, que fez a cada floco de neve diferente um do outro, ama a diversidade, e se comunica com Seu povo de uma forma única e pessoal. Por isso que nunca realmente conseguimos copiar exatamente a outrem. Podemos aprender dos outros, mas devemos nos focar no Senhor, contemplando Sua glória e sendo transformados em Sua imagem, se queremos ser quem fomos criados para ser.

Isso nos leva a outra verdade básica sobre o profético – toda pessoa, igreja e toda situação sobre a qual ministramos é única. Aqueles que recebem uma palavra e então a procuram aplicar a todos ou a toda situação causarão muita confusão, no melhor caso. Mesmo quando o Senhor falou às sete igrejas no Livro do Apocalipse, Ele tinha uma palavra diferente para cada. Todas elas existiram na mesma área geral, ao mesmo tempo, mas eram todas diferentes e todas precisavam de uma palavra. Ao invés de focar apenas em nós mesmos e no anseio de nossas palavras serem verdadeiras, devemos nos focar muito mais em quem sobre os quais ministramos, e sermos sensíveis ao que precisam.

Isso não é para negar o fato de que algumas palavras podem ser para a igreja em geral, como a palavra que Ágabo teve no Livro de Atos, de que uma fome viria sobre todo o mundo. Esta era obviamente uma palavra que todas as igrejas precisavam ouvir. Porém, maioria das palavras das quais precisamos não serão aplicadas tão universalmente, então devemos ser ainda mais sensíveis para saber para quem se aplicam e então entregá-las. Isso exige obediência constante ao Senhor.

Nas próximas semanas, estaremos tratando de muitos exemplos de como pessoas receberam revelações, e também como algumas foram mal entendidas, ou usadas erroneamente, na esperança de que outros não tenham de cometer os mesmos erros. A Bíblia é clara nesse aspecto, e nós também devemos ser para que sejamos confiados com maior autoridade e revelação. Na crescente intensidade destes tempos, vozes proféticas maduras e fidedignas serão cada vez mais importantes. Não podemos encurtar forçadamente nosso tratamento.

Até que você seja comissionado como profeta, você é livre para cometer e aprender de seus erros. Aqueles que pensam que não podem os cometer já estão em um engano perigoso. Até mesmo profetas maduros e comissionados podem cometer erros, e se pensarem estar acima dos erros, é muito mais certo que os cometam. Nós vemos em parte, conhecemos em parte e profetizamos em parte (veja I Coríntios 13.9). Mesmo revelações parciais podem ajudar em muito, mas sempre deixam lugar para humildade, que é demonstrada em abertura para com os outros, e a necessidade de constantemente buscar ao Senhor. Ambas estas coisas são essenciais para todos que permanecem fiéis ao Senhor.

Parte 03: A Vida na Igreja Local

O caldeirão onde os profetas são feitos, assim como todo outro ministério, é a igreja local. Precisamos de todas as irritações e frustrações da vida na igreja local para amadurecermos em Cristo. Aqueles que correm destes desafios têm seu crescimento e potencial para serem usados, no melhor caso, atrofiados.

Freqüentemente escuto pessoas com dons proféticos reclamar que a igreja que freqüentam não é aberta a estes dons ou a eles, pessoalmente. Exceto por questões problemáticas como a própria pessoa levando seus líderes locais a desconfiar deles, estas estão obviamente na igreja errada, ou isso é também parte de seu treinamento. Tem sido a porção dos profetas, desde o início, de raramente serem aceitos em seu próprio tempo, e eles normalmente não são reconhecidos até que estejam mortos e não sejam mais uma ameaça.

Jesus era rejeitado continuamente pelos líderes de Israel, e é improvável que qualquer ministro verdadeiro não sofra isso de tempos em tempos em sua vida. E alguns, principalmente os ministérios de alto impacto, estarão sob constante perseguição de alguma forma. Se os apóstolos muito se alegravam porque foram “achados merecedores de ser envergonhados por causa do Seu nome” (veja Atos 5.41), quão mais devemos nós abraçar a qualquer rejeição como a grande oportunidade que ela é? Quando as credenciais de apóstolo do Apóstolo Paulo foram desafiadas, ele apontou para suas aflições e perseguições, e não seus feitos, como evidência de seu apostolado.

Porém, a chave é aprender a sermos rejeitados e falsamente acusados e não ficarmos feridos pessoalmente por isso. Sob a Antiga Aliança, os sacerdotes não poderiam ter cascas ou feridas não curadas. O mesmo é válido hoje – feridas não tratadas podem nos desqualificar para a utilidade no ministério. Onde você as tem, não pode ser tocado ou se aproximar das pessoas, o que não é aceitável e pode corromper um ministério. Se estamos sendo rejeitados ou negligenciados, é uma oportunidade para crescermos no amor.

O Rei Davi não teria sido o grande rei e homem segundo o próprio coração de Deus sem a perseguição que recebeu do Rei Saul. Saul ajudou a tornar Davi quem ele era chamado a ser. Davi manteve um coração correto diante de Saul ao longo de todas as injustiças, sempre tendo o mais alto respeito pelo “ungido de Deus”, e o seu coração ficou pesado apenas por ter cortado a ponta do manto de Saul. Mesmo após Saul morrer, Davi continuou a honrar a ele e sua casa, exatamente o contrário das práticas de todos ou outros reis naquele tempo, que imediatamente matariam quaisquer potenciais rivais ao seu trono.

Muitas das divisões destrutivas e falsas doutrinas ensinadas na igreja são resultado de rejeição, erros ou feridas não curadas, e não de mau embasamento nas Escrituras. Esses problemas são também pontos de entrada para o espírito de controle. O perdão é algo básico do Cristianismo, e se estamos carregando qualquer falta de perdão em nosso coração, isso pode, e provavelmente irá, corromper nosso ministério.

Não desperdice suas lutas – a igreja local é um dos melhores lugares para tê-las. O Senhor está retornando para Sua noiva, a igreja, e os verdadeiros amigos da noiva se dedicam a prepará-la. Pessoalmente, aprendi a duras penas a não confiar em ninguém que não tenha uma vida forte e compromissada em uma igreja local. Conheço muitas pessoas que são profeticamente dotadas que não têm um relacionamento em uma igreja local, e eles ainda podem ajudar as pessoas, mas também têm uma trilha de problemas e freqüentemente divisões que de longe ofuscam o bem que fazem.

Isso não quer dizer que não haja temporadas em que possamos ficar um pouco de canto para buscar ao Senhor, mas o Cristianismo basicamente não funciona sem a vida em igreja local. Você pode crescer em entendimento e conhecimento do Senhor, mas não estar crescendo, de fato, no Senhor. Não é possível estar apropriadamente conectado ao Cabeça sem também estar conectado ao corpo. Lemos em I João 1.8: “Se andamos na luz, assim como Ele está na Luz, temos comunhão um com o outro, e o sangue de Jesus, Seu Filho, nos limpa de todo pecado.”

A palavra traduzida como “comunhão” neste texto é o Grego koinonia, que implica uma união profunda, inseparável. É por isso que também é traduzida como “comunhão”, que é uma junção das palavras “comum” e “união”. Sem esta união com o povo de Deus, não permaneceremos na luz, como este trecho declara.

Certamente há muita transformação necessária à igreja, e ela vem, mas se não passarmos pelo processo de mudança e crescimento com a mesma, não nos encaixaremos nela quando ela chegar à maturidade. No Antigo Testamento, alguns dos profetas tinham de ficar sozinhos e andar solitariamente por tempos, mas no Novo Testamento os profetas fazem parte de uma equipe, e sem o resto da equipe, eles não podem realmente funcionar como são chamados para fazê-lo.

Pode haver exceções a esta regra, mas nos meus quarenta anos em Cristo, ainda hei de ver um que tenha se separado de uma vida conectada à igreja local que não tenha sido levado em cativeiro ou começado a causar mais dano do que bem, independentemente de que ministério dizia ter.

Parte 04: O Fardo Profético

Um dos muitos caldeirões onde os ministérios proféticos são formados é a igreja local. Pessoas com dons proféticos tendem, sim, a ser diferentes, e para eles se encaixarem em um ambiente de igreja local pode ser um dos testes mais difíceis. Poucos os entendem e, portanto, poucos vão confiar neles, normalmente por bastante tempo. Esta é uma das coisas que pode desafiar os jovens profetas, e se eles permanecerem fiéis e suportar os mal-entendidos e rejeição enquanto crescem em amor perante aqueles que os entendem errado ou os rejeitam, serão moldados em termos de maturidade e confiabilidade para se tornarem vasos de grande uso para o Mestre. Aqueles que se separam por causa da rejeição, raramente têm um ministério frutífero e freqüentemente serão usados mais pelo inimigo do que pelo Senhor, trazendo muita divisão e discórdia ao Seu povo.

Poucos pastores ou líderes de igreja conseguem reconhecer verdadeiros dons e chamados proféticos enquanto estes ainda estejam verdes ou imaturos. Maior parte dos pastores e líderes de igreja foram machucados e queimados por aqueles que declaram ser profetas mais do que por eles foram ajudados, então eles compreensivelmente são reticentes a abraçar a quem se diga ser profético. Ainda assim, isso deve ser vencido se queremos vencer nos tempos vindouros. Os profetas precisam da igreja, e a igreja precisa o mesmo tanto dos profetas.

Eu mesmo, como pastor de uma igreja local, e um que tem dons proféticos, posso me identificar com cada lado nestas questões. Há tempos que não me encontro com algum pastor que não tenha sido ferido por quem diga ser profético, mas da mesma forma não encontro um Cristão, quanto menos profeta, que não tenha sido ferido por pastores. Tristemente, estamos todos machucando um ao outro. Pastores não tendem a durar muito nestes tempos, e muitos são tão imaturos ou verdes no que fazem assim como os profetas no que procuram fazer. Ambos precisam amadurecer, e podem ajudar um ao outro.

Uma razão primária por muitas divisões na igreja é a incompreensão da oportunidade que a rejeição é para abraçarmos a cruz. Sabemos que não podemos ser discípulos do Senhor sem tomarmos nossas cruzes diariamente, então devemos esperar ao menos uma boa oportunidade todos os dias para fazer isso – morrer para nós mesmos e viver para Ele e Seu povo, fazendo o que Ele fez. Jesus perdoou aqueles que O perseguiram a ponto que estava disposto a dar Sua vida para eles.

Muitos de nós perdoa a quem nos rejeitou, mas na esperança de que Deus trate com eles! Porém, Jesus não apenas perdoou aqueles que o crucificaram, mas clamou ao Pai que os perdoasse também. Ele não queria que o Pai levasse em conta seu pecado, e isso não é apenas o maior perdão, mas a maior maturidade espiritual.

Lembre-se de que um sacerdote não pode ter cascas, que são feridas não curadas. Qualquer ministério que não ande no perdão básico, mas ande ferido, não está andando no Cristianismo básico, e nosso ministério e mensagem ficarão tendenciosos nesse mesmo grau.

Certa vez, quando pesquisei meu nome na Internet, fiquei chocado com o que encontrei. Ficaria atemorizado até a morte da pessoa que é projetada como sendo eu, e supostamente ensina o que alguns dizem que eu ensino. Queria clamar por fogo dos céus sobre todos os meus acusadores. Comecei a escrever respostas às suas absurdas acusações, mas ouvi que estaria apenas “socando o João-bobo”, e isso poderia levar todo o meu ministério ao escanteio. Decidi, então, escutar ao programa de rádio de um homem que basicamente construiu seu ministério por me atacar. Sentia que tudo o que ele dizia era mentira e pedi ao Senhor para julgá-lo por isso. O Senhor imediatamente disse que o removeria se eu O pedisse, mas então me perguntou quem eu queria que assumisse o seu lugar!

O Senhor disse que eu não poderia ter autoridade internacional sem perseguição internacional, então eu não somente pedi que o Senhor não julgasse esse homem, mas comecei a orar por ele quando nele pensava. Orei por coisas boas e bênçãos sobre sua vida. Primeiramente, acho que não era realmente de coração, mas continuei. Não demorou para que fosse de coração, e comecei a sentir um amor sincero pelo homem. Então, algo marcante aconteceu. Muitas vezes me perguntam se não me incomoda todas as coisas falsas faladas a meu respeito, e agora eu posso honestamente dizer “não”, não me incomodam, mas me encorajam, e estou sendo honesto.

Agora, não diria que esteja totalmente acima disso, e por vezes me machuca, mas honestamente não me lembro da última vez que machucou. Aprendi que acusações e perseguições ainda mais sérias vêm logo antes de uma promoção do Senhor, então realmente me animo quando é o caso.

Os apóstolos, no Livro de Atos, saíam se alegrando após serem surrados pelos líderes de Israel, agradecendo ao Senhor pela honra de conseguirem sofrer vergonha por causa do Seu nome. Todo ataque, toda falsa acusação, é uma grande oportunidade de tomarmos a cruz, morrer um muito mais para o nosso velho homem, e crescermos mais em Cristo. Aliás, falsas acusações mal entendidos podem ser a maneira mais rápida de crescermos nEle. Então, se isso ocorre com você, pode ser o resultado de suas próprias orações de se agilizar a obra!

Lembre-se de quando o Apóstolo Paulo teve sua autoridade apostólica desafiada, ele apontou para suas perseguições e aflições como evidência de sua autoridade, não apontou às coisas que fez. Um princípio básico de autoridade espiritual é como somos curados pelas pisaduras do Senhor, mas o mesmo princípio se aplica também a nós – no mesmo lugar em que somos feridos, podemos receber autoridade para curar aos outros. As feridas que recebemos devem ser curadas, logicamente, o que ocorre quando sinceramente perdoamos, e então se tornam autoridade.

Eu encontro muitas pessoas jovens profeticamente dotadas que sentem que são chamadas como profeta às nações. Sei que nunca serão usadas dessa forma a não ser que se tornem um profeta merecedor de confiança em sua igreja local, então esta é normalmente minha primeira pergunta a eles: como está seu relacionamento eu sua igreja local? Para ter autoridade em sua igreja local, eles terão recebido muitas pisaduras e cicatrizes da mesma, e, ao mesmo tempo, chegam ao ponto de amar aqueles que os rejeitam ou entendem errado. Somente quando têm um bom alicerce nisso eles poderão suportar a perseguição que vem nos níveis maiores, que tende a ser muito mais maldoso e torto.

A cruz é o poder de Deus, e se queremos mais poder e autoridade, devemos aprender a carregar uma cruz maior e mais pesada. Lembra-se de I Coríntios 13? Podemos ter as maiores profecias, e até mesmo a fé de mover montanhas, e isso tudo contaria por nada se não tivermos amor. Tudo é uma questão de crescer nEle, que é amor. O maior amor pode crescer e ser demonstrado quando somos perseguidos e mal entendidos. Não reclame quando estas coisas vierem, mas as abrace, e agradeça ao Senhor pela oportunidade.

– Rick Joyner, 22/Mar/2011.

Permissão para tradução gentilmente concedida por MorningStar Ministries, Inc. / www.morningstarministries.org para Felipe Rudiuk – Portões da Cidade, 2011.

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