Presença (onde estamos) e movimento (o que fazemos) definem nossa lealdade

“Não basta estar na Igreja é preciso fazer-se Igreja”

Desde a origem do homem e da mulher, quando Deus lhes deu a ordem de não comer do fruto da Árvore do Bem e do Mal (pois, o discernimento não se fazia necessário ao homem naquele momento. Isso porque o conhecimento conectado a sua alma e o entendimento ligado ao seu coração não eram etapas indispensáveis para eles naquela ocasião da criação, uma vez que Deus já havia o feito repleto de toda inteligência, ligados a Sua sabedoria), o homem cometeu o pecado (original) – a transgressão fatal ao seu Espírito, de descumprir a ordem Divina.

O pecado em si não estava no fruto que ele comeu, porque a árvore não era envenenada. O veneno estava nas palavras sedutoras da serpente (do inimigo) que induziu o pensamento da mulher e a pôs em dúvida, sugestionando-lhe deter a Sabedoria Divina caso começa do fruto da Árvore do Bem e do Mal. Para além da inteligência superior sobre todos os animais que Deus já havia dado ao homem, este, por sua companheira, se seduziu a querer deter também a Sabedoria Divina, caindo assim em pecado.

Repare que a serpente não sabia o que a mulher pensava (porque o inimigo não sabe o que pensamos). Ela age sempre com aquilo que lhe oferecemos, com as brechas que lhe damos, com as informações que lhe passamos. A serpente não sabia os planos de Deus para Adão e Eva e então ela especula. “Foi isto mesmo que Deus disse: ‘Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim” (Gênesis 3:1). E a mulher, sem estar atenta a Deus e aos seus mandamentos, não os tendo guardado em seu coração (para assim não pecar) abriu ao inimigo a informação de que “podemos comer do fruto das árvores do jardim, mas Deus disse: ‘Não comam do fruto da árvore que está no meio do jardim, nem toquem nele; do contrário vocês morrerão”. (Gênesis 3:2,3).

Aqui então o inimigo agiu: “Disse a serpente à mulher: “Certamente não morrerão! Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês serão como Deus, conhecedores do bem e do mal”. (Gênesis 3:4,5)

Seduzida pelos desejos da carne e da alma, pelo brilho sedutor do poder, a mulher então caiu na cilada do inimigo e comeu do fruto da Árvore do Bem e do Mal, fruto este que era bom, mas a transgressão ao comando do “não fazer” é que era pecaminoso, a ponto de contaminar toda a humanidade.

Deus então, que tudo sabe, tudo vê, tudo conhece, fez duas perguntas que devem nos acompanhar até os dias de hoje, pois, são as orientações do Pai para que não mais possamos dar brechas ao inimigo para que ele possa agir sobre nós, perguntas estas de Sabedoria, cuja reflexão são norteadores para nossa correção e nossa santificação na busca da eternidade.

A Adão ele perguntou: “Onde está você? ” (Gênesis 3:9)

E a Eva: “Que foi que você fez?” (Gênesis 3:13)

Delas, como dito, se tira a lição que leva a sabedoria de que todos os dias devemos nos questionar “Onde estamos?” e “O que estamos fazendo?”.

Temos nós andado nas retas veredas, guardado em nosso coração os ensinamentos do Pai, nos distanciado dos simples, dos escarnecedores e dos tolos? Que lugares temos frequentado? Que meio estamos inseridos? Se olharmos ao nosso derredor o que vemos nos deixa confortáveis e seguros de que caminhamos pelo Justo Caminho?

Além disso, para além de “Onde estamos”, devemos também nos perguntar “O que estamos fazendo”. Para mais do que estar, há também o fazer. Ainda que estejamos em lugares e ambientes seguros, onde a presença do Senhor é mais presente, se não agirmos, se não nos movermos, Dela não desfrutaremos e estaremos mais uma vez à mercê do inimigo. Não basta estar na Igreja é preciso fazer-se Igreja. Não basta estar diante do Senhor, é preciso mover-se para seu centro, na profundidade da Sua intimidade. Não basta estar com Ele no caminho, é preciso percorrer com Ele, para Ele e por Ele o estreito e árduo percurso da salvação.

Presença (onde estamos) e movimento (o que fazemos) definem claramente a nossa lealdade, a nossa fidelidade, a razão da nossa intimidade com Àquele que nos criou para ser sua imagem e semelhança.

Ser filho está para bem além de ser criatura. Ser filho é reconhecer em si o DNA do Pai e a partir disto assumir o compromisso de escolher o lugar certo para estar (e consequentemente de onde não se deve estar) e, também, do que corretamente fazer (e consequentemente do que não fazer).

A Sabedoria Divina, e a salvação que dela se obterá, nos exige estarmos sempre diante dos olhos do Senhor. Não que em algum momento Ele não nos veja, porque Ele tudo conhece (tudo vê). Estar debaixo dos olhos do Senhor é se submeter a Ele, querer se fazer ver por Ele, querer que Ele nos enxergue no meio da multidão. E neste querer ser visto, querer mostrar-se a Ele (“Onde estamos”) que Ele então nos conheça pelo nome em decorrência “do que estamos fazendo” (através nossa fé e das nossas obras), pelos resultados das nossas ações, dos nossos atos, dos nossos comportamentos, das nossas atitudes. Este “estar” e “mover” devem ser reflexos dos exemplos e das virtudes do Pai.

Que ao sermos questionados por Deus não façamos como nossos antecessores, de estarem escondidos e envergonhados com a nudez do Espírito que lhes assolava após cometer o pecado de descumprir a ordem Divina e comer do fruto da Árvore do Bem e do Mal. Mas que sim, honremos o Cordeiro Santo que nos limpou com seu sangue derramado e nos cobriu da nudez do Espírito, afastando de nós o pecado e nos protegendo das ações do inimigo. Que possamos dizer, Deus eu estou aqui, diante dos teus olhos, para que tu vejas o que verdadeiramente estou fazendo, não apenas pelo tua oniciência, mas sim pelo meu temor em querer te mostrar Pai onde estou e o que tenho feito, por onde tenho andando, que caminhos tenho escolhido para percorrer, quais tem sido as minhas escolhas, pois, tudo tenho feito como filho amado, que quer estar debaixo da tua Glória e quer voltar a habitar o Jardim do Paraíso e nele ficar contigo por toda eternidade.

Por: Milard Zhaf Alves Lehmkuhl
Empresário e membro da Igreja Nação dos Montes de Camboriú

Nação dos Montes – Unidos pelo mesmo amor, Jesus

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