Reconheça as suas limitações e seja livre

E fora do story, voce está bem?

Esse tema foi bastante discutido nas redes nos últimos dias e isso me levou a pensar se realmente somos aquilo que permitimos os outros verem:

  • E fora do story, você é tão crente assim?;
  • E fora do story, você estuda?;
  • E fora do story, você está lendo a palavra?;
  • E fora do story, você tem tantos amigos assim?
  • E fora do story, você é tão ocupado(a)?
  • E fora do story, você conversa com Deus?

Nos últimos dias Deus tem ministrado muito ao meu coração a respeito de uma palavra que me “apavora”. Um simples pensamento sobre ela já me faz suar as mãos e acelerar o coração: VULNERABILIDADE.

Mas afinal, o que é ser vulnerável? De acordo com o dicionário xxxx a definição para vulnerável é: “Algo ou alguém que está suscetível a ser ferido, ofendido ou tocado. Aquilo que pode ser destruído, derrotado, frágil, fraco”.

Ao me deparar essa explicação logo pensei “credo! que horrível; não quero isso!” e rapidamente o Espírito Santo continuou a ministrar…

Quando pensamos na frase “E fora do story, você está bem?” temos a tendência de pensarmos em uma vida “perfeita”; livre das responsabilidades mais cotidianas e “chatas”, por exemplo, a vida “perfeita” onde não se tem prova para estudar, louça para lavar, irmão para cuidar, escola, trabalho, boletos ou outra obrigação. Obviamente, sabemos que esse mundo não existe. E se avançarmos o pensamento sobre essas atividades logo reconheceremos que para cumpri-las precisamos de ajuda. Hm, é ai que entra a nossa vulnerabilidade; geralmente as pessoas não gostam de reconhecer que precisam de ajuda e na adolescência é que esse pensamento se forma. Quando criança somos tão frágeis, tão necessitados de auxílio, precisamos de ajuda até para ir ao banheiro, comer, ir à escola… E se as coisas que precisamos não acontecem, choramos… Porém tudo muda na adolescência, passamos a querer fazer tudo sozinho, achamos que somos independentes, não posso chorar pois parecerei a uma criança… “Não preciso ir à igreja, afinal Cristo mora em mim… Não preciso esperar meu pai deixar eu sair pois agora já sei pegar o ônibus… Não preciso de líder afinal já aprendi a me virar sozinho e dará tudo certo… Ninguém precisa saber das minhas lutas, ninguém precisa ver os meus medos, não preciso e não posso confiar nos meus pais, lideres ou pastores”… São alguns dos pensamentos que passam a fazer parte de nós durante esse período da vida.

Preferindo esconder-se atrás da própria vergonha, inseguranças e dos próprios medos. Consequentemente levantamos muros para nos esconder, ou seja, isolamos grande parte do que somos atrás desses muros que eu mesmo criei, ficando ainda mais confusa e sentenciando que ninguém me entende.

Mas a reflexão que o Espírito Santo me trouxe é: “Será que tenho deixado as pessoas me entenderem?”. A vulnerabilidade nos permite abrir a porta que dá acesso a verdadeira pessoa que nos somos. Claro que nem todos devem ter acesso a essa porta e mais certo ainda é que ninguém deve arrombar portas, no entanto, é preciso compreender que a falta de vulnerabilidade cria barreiras gerando em nós um coração orgulhoso. Nos levando ao grande engano de acreditar que a nossa vulnerabilidade nos torna fraco. Porém a palavra do Senhor diz: “quando somos fracos é que somos fortes”.

Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco, é que sou forte. 2 coríntios 12:10

Precisamos aceitar que quando nos mostramos imperfeitos para o mundo, nos tornamos alguém forte. Até porque é muito mais difícil assumir as suas dificuldades e fragilidades do que posar de perfeito o tempo todo.

Agora, pare e pense se você não tem fechado todas as portas para quem quer te ajudar. Às vezes a porta está fechada até mesmo para você, pois você mesmo não quer ver o quanto você é imperfeito. Mas, existe uma verdade aqui: nós não somos bons em tudo. Somos limitados e por isso dependentes do único que é perfeito, JESUS.

Sendo assim, assuma a sua vulnerabilidade:

1° – seja vulnerável com você: se permita reconhecer, suas limitações, o que te deixa feliz, o que te faz sofrer. Em Efésios 4:1 quando Paulo cita que é necessário humildade, mansidão e longanimidade para suportar uns aos outros em amor, ele basicamente diz que é preciso:

  • Reconhecer quem você realmente é sem a tentativa de ser algo a mais ou algo a menos (humildade);
  • Se acalmar diante do reconhecimento de suas próprias falhas e fraquezas (mansidão);
  • Saber suportar a si mesmo e a seus erros (longanimidade).

Somente assim poderá viver com os outros em amor. Ser sincero consigo mesmo quebra suas primeiras barreiras e te ensina a entender o lugar onde você está, para facilitar o entendimento sobre o lugar ao qual você quer chegar e sobre o seu propósito de vida (que é especial e único – Deus te fez raro).

2° – seja vulnerável com os outros: obviamente, com discernimento siga as palavras de Tiago 5:16 “Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz”.

3° – seja vulnerável com Deus: o mais lógico e que geralmente deixamos de lado. Deus sabe que não somos super heróis, Ele melhor que ninguém sabe que somos imperfeitos e não quer que ignoramos esse fato, seu desejo é que aprendemos a lidar com eles. Nada tem o mesmo valor que o seu secreto, que sua oração no quarto fechado falando diretamente com Ele. Porém, ás vezes, após pecarmos, nos sentimos tão sujos que não encontramos forças para nos achegarmos diante de Deus. Por isso os pontos anteriores são tão importantes.

No momento de dificuldade, entenda que eliminando as barreiras e sendo sincero consigo mesmo, com os outros e com o próprio Deus, o amor do Pai fluirá livremente dentro de você e ficará mais fácil ver o poder de Deus manifestar. É em meio às fraquezas e dificuldades que nos refugiamos em Cristo e sentimos melhor o seu poder. Através do seu poder e da sinceridade para consigo e para com os outros podemos nos sentir completamente felizes em nossa raridade e em nossa individualidade.

2 Co 12:10 “Portanto, eu tenho prazer nas fraquezas, nas censuras, nas necessidades, nas perseguições, nas aflições por causa de Cristo. Porque quando eu estou fraco então sou forte” .

Por fim, entenda até Jesus chorou (Jo 11:35)… Sim, até Jesus expôs sua vulnerabilidade, não porque Ele tinha perdido o controle da situação. Mas porque apesar ter o controle sobre tudo, Ele ainda era homem e sofreu como homem.

Que sejamos imitadores de Cristo!

Thayna Ribeiro – integrante ministério de louvor e ministério de adolescentes

Nação dos Montes – Unidos pelo mesmo amor, Jesus

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